HOPE FOR PEACE FROM PORTUGAL 7MARGENS: "PAPA LEÃO NUM TOM DRAMÁTICO Ucrânia e Gaza, Índia e Paquistão e todos os conflitos: "Nunca mais a guerra!"
- Yona Tukuser
- May 11
- 3 min read
Updated: 2 days ago
HOPE FOR PEACE FROM VATICAN 11.05.2025

“No cenário dramático atual de uma terceira guerra mundial em pedaços, como o Papa Francisco repetidamente afirmava, também eu me dirijo aos grandes do mundo, repetindo o apelo sempre atual: Nunca mais a guerra!” As palavras do novo Papa, Leão XIV, ditas com vigor e num tom dramático, repetiram a mensagem da saudação inicial de quinta-feira, depois de eleito, mas soaram ainda mais vigorosas neste domingo. Ao início da tarde, no final da oração do Regina Coeli, a mensagem do novo Papa foi aplaudida com igual entusiasmo pela multidão que, mais uma vez, enchia a praça e as imediações.
Leão referiu expressamente a Ucrânia, Gaza e os reféns israelitas, bem como a Índia e o Paquistão. E não é de somenos que um Papa nascido nos Estados Unidos, o primeiro na história da Igreja Católica, insista neste tema, numa lógica que, basicamente, repete os apelos do Papa Francisco ao diálogo.
Leão XIV começou por evocar “a imensa tragédia da Segunda Guerra Mundial, que terminou há 80 anos, no dia 8 de maio, depois de ter feito 60 milhões de vítimas”, para dizer que tem no seu coração “o sofrimento do querido povo ucraniano”. Por isso pediu “que se faça tudo o que for possível para alcançar o mais rapidamente possível uma paz genuína, justa e duradoura”, que “todos os prisioneiros sejam libertados e que as crianças possam regressar às suas famílias”.
Um “grito pela paz” escrito com batom
Na praça, Yona Tukuser, 39 anos, artista ucraniana de Hlavani, na região de Odessa (perto da fronteira com a Moldávia e a Roménia), transporta desde o dia 25 de Abril um cartaz que afirma Hope for peace, “esperança pela paz”. Escreveu-o com batom, em toalhas de papel de restaurante. Foi o que teve à mão quando decidiu vir despedir-se do Papa Francisco, depois da sua morte. “Senti-me como órfã daquela que era a mais forte voz pela paz, que falava sempre do diálogo, a pedir aos líderes mundiais que parassem a agressão”, diz ela ao 7MARGENS.
O cartaz que transporta é o seu “grito pela paz”, um “acto artístico” que decidiu protagonizar até haver novo Papa. “Vinham todos os dias pessoas de todo o mundo que repetiam também a sua esperança pela paz. A esperança, hope, é algo activo, pressupõe que tem de se fazer algo para construir a paz.”
Agora, Yona quer deixar ao novo Papa o cartaz que transportou. “Não sei como conseguirei, mas quero entregar-lho, porque este cartaz é como uma oração de pessoas de todo o mundo pela paz.” É um cartaz que, além do mais, conta uma história triste: o irmão de uma cunhada foi morto há dias, na frente de combate, quando ela já estava em Roma. “Enquanto eu estava na praça de São Pedro com o cartaz de esperança pela paz, a minha mãe ligou e deu-me esta trágica notícia.”
Yona ficou “muito contente” na quinta-feira quando ouviu o novo Papa a falar da paz para todo o mundo e mais ainda esta manhã, quando Leão XIV referiu expressamente a Ucrânia. E está expectante também relativamente à possibilidade de negociações entre Rússia e Ucrânia. “Porque precisamos que morra mais gente até começar o diálogo?”
Também o que está a acontecer na Faixa de Gaza deixa o novo Papa “profundamente triste” e leva-o a pedir com voz forte, diante da multidão reunida na praça de São Pedro: “Cessar-fogo, cessar-fogo imediatamente! A ajuda humanitária deve ser prestada à população civil exausta e todos os reféns devem ser libertados.”
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